Você já me ouviu falar em GTD. Na busca incessante por um sistema que me ajudasse a ser mais organizada e a ter mais consistência nos meus projetos, para não ficar pulando de um para outro sem rumo e foco (crença que finalmente estou quebrando em 2021), eu encontrei no GTD, entre 2017/2018 a minha tábua de salvação.
Fã confessa da Thaís Godinho do Vida Organizada, como já falei várias vezes, foi lá no blog dela que entrei em contato pela 1 ª vez com o tema, pois ela é a Master Coach do método GTD no Brasil. Basicamente, é um método de organização e produtividade desenvolvido por David Allen, e que se adapta a qualquer necessidade (projetos de vida ou profissionais), pois o GTD é incrivelmente versátil). Além de descontruir o costume que temos de montar “listas de coisas a fazer”, o GTD propõe planejar e organizar projetos de vida na perspectiva de horizontes. Veja:
- Térreo (tarefas do dia a dia)
- Horizonte 2: áreas de foco e responsabilidade (finanças, lazer, espiritualidade, família, relacionamentos, etc);
- Horizonte 3: metas e objetivos (aqueles projetos que levam de 3 meses a 1 ano pra acontecer);
- Horizonte 4: visão (cenários de 3 a 5 anos que você quer alcançar);
- Horizonte 5: propósito e princípios (aqueles valores de vida que representam quem você é e que vão te orientar principalmente na hora das difíceis tomadas de decisões).
Eu acho uma sacada INCRÍVEL do David Allen mudar o foco das listas de tarefas para as listas por contextos (coisas para resolver quando estiver na rua, coisas coisas para resolver quando estiver em casa, coisas para resolver quando estiver no trabalho, etc) e muitos outros ensinamentos que provocam uma mudança de mindset.
Apaixonada com a ideia, comprei o livro, fiz o curso e organizei todos meus apps pra funcionarem conforme o método.
Maaaaaas recentemente a frustração voltou a me rondar quando percebi que não estava mais fluindo tão bem quanto antes. E essa pulga ficou atrás da orelha por alguns meses esperando respostas. Por que não está mais fluindo sendo que é um sistema que eu gosto tanto, e em que eu acredito?
A resposta naturalmente, sem que eu precisasse intervir em nada: em um episódio, uma colega de trabalho criou como um passe de mágica uma planilha que funcionaria exatamente pro que precisávamos – uma planilha que por meses eu tinha sido incapaz de desenvolver, embora eu quisesse e tivesse tentado muito! Quebrei cabeça pra nada.
E naquele momento, eu enxerguei com clareza algo que veio a me ajudar muito : ahá! Então eu sou mais “da criação” do que “da organização“! E está tudo bem com isso!
Pode parecer óbvio, mas essa “revelação” tirou um peso das minhas costas e me fez encarar com muito mais naturalidade as minhas dificuldades com organização e também as minhas fases de engajar e desengajar em projetos! Meu marido também sempre me incentiva a normalizar mais essa ideia, e costuma reforçar que é mais comum (do que eu imagino) que as pessoas mudem de interesses, tentem outras atividades, hobbies, etc. ao longo da vida.
Afinal, pensando bem, isso não significa nada mais do que ter uma mente curiosa, não é mesmo?
Bônus


- esses últimos meses paralisei nas postagens por aqui (joguei várias pautas no lixo por puro capricho), e acabei me dedicando mais na criação de conteúdo pro perfil do blog no Instagram;
- Também me dediquei aos novos bordados (fotos acima) e valeu muito a pena! Nem que seja um pouquinho, eu consegui experimentar e ver avanços no uso de algumas técnicas: consegui (finalmente) usar a aquarela para tecido, tentei seguir de leve uma paleta de cores, e testei quantidades diferentes de fios para buscar o efeito de volume. Melhoria contínua! 🧵🧵🧵